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Tomografia computadorizada mostra grau de comprometimento dos pulmões após infecção por Covid-19


Foto Mart Production

Tomografia computadorizada mostra grau de comprometimento dos pulmões após infecção por Covid-19

 

Exame ajuda a quantificar a extensão das lesões; especialistas explica os diferentes graus de acometimento e quando é necessário realizar o exame

 

Uma em cada 10 pessoas que contraíram o novo coronavírus apresenta sequelas três meses depois dos primeiros sintomas, aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estudos recentes mostram que a Covid-19 está associada a mais de 50 manifestações de saúde, incluindo danos pulmonares e até neurológicos. Um dos grandes aliados dos especialistas para acompanhar o quadro do paciente é a tomografia do pulmão, ou tomografia computadorizada do tórax. O exame ajuda a verificar o estado dos pulmões após o acometimento pela doença.

 

De acordo com o médico radiologista do Exame Imagem e Laboratório Wagner Diniz de Paula, a tomografia do tórax ajuda a definir a gravidade das lesões causadas pela doença. O grau de comprometimento mostrado pela tomografia, auxilia a melhor orientar o manejo do tratamento.

 

"A classificação é feita assim: comprometimento leve, menor que 25%; moderado, entre 25 e 50%; e acentuado, acima de 50%. Essa porcentagem, no entanto, não determina o desfecho da infecção, mas sim a probabilidade de o paciente precisar de internação e UTI, conforme o grau das lesões”, explica.

 

De acordo com o pneumologista do Hospital Brasília Thiago Fuscaldi, a tomografia de tórax é indicada naqueles casos em que o paciente tem uma piora no quadro. “É quando a pessoa começa a ter queda de saturação ou quando a gente desconfia que tenha outro diagnóstico que não seja só a covid-19. Esse exame é utilizado para os casos mais graves, a fim de definir a extensão da doença, se tem outras infecções associadas ou até se tem um quadro de embolia pulmonar associada. Desta forma, utilizamos com mais assertividade os tratamentos atuais disponíveis”, ressalta.

 

Wagner Diniz ainda reforça que o exame não é recomendado para o diagnóstico da doença, pois os achados não são específicos e podem não estar presentes na fase inicial. “Pessoas saudáveis com sintomas leves devem tomar as medidas de precaução para evitar a disseminação do vírus, incluindo o isolamento domiciliar. No caso de sintomas mais sérios ou fatores de risco, deve-se procurar assistência médica”, finaliza.

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